quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.

Albert Einstein


A II Feira de Ciências do Ensino Fundamental e do Ensino Médio tem o objetivo de estimular atividades de iniciação científica entre professores e alunos das escolas públicas. Vários trabalhos do Ensino Fundamental e Médio foram desenvolvidos, dentre eles o nosso projeto Delete o Bullying onde iremos abordar questões relativas ao assunto. A festa, aberta à comunidade e com entrada franca, será na EAPE – Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação do Distrito Federal, na 907 Sul,durante os dias 1 e 02 de outubro, das 9h30 às 17h30. A Secretaria de Educação estima que pelo menos três mil pessoas visitem o evento.

Programação completa, com a relação dos trabalhos produzidos e a localização dos stands



A novela Caminho das Índias, transmitida pela Rede Globo, mostra esse problema: um grupo de meninos, provavelmente todos pertencentes a famílias desestruturadas, agridem verbal e fisicamente outros colegas que não possuem recursos, status ou habilidade para reagir ou fazer cessar os atos danosos contra si. Na maioria dos casos, a culpa desse comportamento é dos pais que exercem uma supervisão pobre sobre seus filhos, toleram e oferece como modelo para solucionar conflitos o comportamento agressivo ou explosivo, como vemos na novela com o ator Duda Nagle - Zeca/o filho - e o seu pai César Gallo (Antônio Calloni) e sua mãe Ilana Gallo (Ana Beatriz Nogueira).
Entretanto, muitas vezes, a culpa também é da escola: as medidas adotadas pelas escolas para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.
Silvia Correia
Publicado no Recanto das Letras em 05/07/2009

domingo, 13 de setembro de 2009

"Plante um pensamento, colha uma ação; plante uma ação, colha um hábito:plante um hábito,colha um caráter; plante um caráter,colha um destino".

Stephen Covey

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quase 10% dos alunos de escolas públicas do DF admitem que praticam Bullying




Ameaças no mundo virtual

As provocações entre alunos e a violência escolar, conhecidas como bullying, se modernizaram. A agressão psicológica, praticada não apenas por alunos entre si, mas também entre alunos e professores, ganhou o mundo da tecnologia num fenômeno chamado de cyberbullying. A novidade se espalhou pela rede pública de ensino. Entre entrevistados no diagnóstico encomendado pela Secretaria de Educação, matriculados da 5ª à 8ª série do ensino fundamental e ensino médio, 18,3% afirmaram ter sido xingados pela internet. A invasão de e-mail ocorreu com 13,6% dos alunos e 7,6% foram ameaçados por meio da rede mundial de computadores.

De acordo com a psicóloga especialista no tema Ana Maria Albuquerque, do Centro Nacional de Referência em Inclusão Digital (Cenrid) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), o bullying virtual traz sérias conseqüências, como: dificuldades de aprendizagem, transtornos emocionais e depressão. Um dos principais locais virtuais de cyberbullying é o site de relacionamento Orkut. Nele, alunos trocam acusações, xingamentos e marcam brigas. "A escola deve reconhecer a existência do fenômeno, capacitar professores para lidar com os casos e orientar a família", explica.

Uma aluna de 16 anos do Centro de Ensino Médio 417, de Santa Maria, conta que tem muitos amigos e que as namoradas deles sentem ciúmes dela. "Como elas não têm coragem de falar na cara, usam o Orkut", acusa.Receber uma mensagem que a chama de "piranha", a menina revida e o bate-boca virtual não tem fim. "Se alguém me xingar eu vou retrucar, ora", justifica. "Umas meninas que têm inveja de mim aparecem no meu Orkut para dizer que meu namorado é corno. Não quero confusão, mas do jeito que ando estressada...", ameaça outra menina de 14 anos, que estuda em Brazlândia.
Os professores também são vítimas. De acordo com a pesquisa feita pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, a pedido do governo, 4,7% dos docentes tiveram fotografias divulgadas sem autorização por e-mail. Além disso, 2% dizem ter sido ameaçados por alunos por meio da net e 2,3% foram vítimas de fofocas.

Como lidar com o BULLYING nas escolas - Dica para os pais.



COMO OS PAIS PODEM AJUDAR?

Seu filho pode não contar a você que está sofrendo bullying na escola. Fique atento para os seguintes sinais que ele pode apresentar:

# Agir de forma estranha, geralmente se isolando.
# Apresentar sinais de trauma como ferimentos ou hematomas sem explicação.
# Chegar com roupas rasgadas.
# Demonstrar medo de ir à escola.
# Ter problemas para dormir.
# Apresentar mudanças de humor...

* Parar de falar sobre a escola.
* Encontrar desculpas para faltar à escola.
* Fazer subitamente novas amizades.
* Apresentar comportamento agressivo em casa (às vezes o que sofre bullying pode descontar nos irmãos).

Converse com seu filho:

* Se você notar sinais de alerta de que seu filho pode estar sendo vítima de bullying, saiba que há maneiras de você conversar com ele sobre o que de fato está acontecendo na escola.
* Faça perguntas provocadoras na terceira pessoa como, por exemplo, para sua filha "como as meninas se relacionam na escola" ou "como você se sente quando está na escola?".
* Lembre-se que o que você pode fazer de mais importante é escutar seu filho e abraçá-lo.

Como você pode ajudar:

Se seu filho é vítima de bullying na escola, você deve:

* Levar o assunto a sério. Não minimizar o ocorrido.
* Manter um diálogo aberto com seu filho sobre bullying.
* Não pensar que o bullying acabou porque seu filho parou de falar sobre ele.
* Dar conselhos consistentes.
* Reforçar a auto-estima de seu filho. Ajudá-lo a achar uma atividade na qual ele se adapte.

Estudo: quase 30% das internautas já sofreram bullying



Uma pesquisa inglesa feita pelo site Girlguiding UK revelou que quase um terço das garotas que utilizam a internet já sofreu algum tipo de agressão ao navegar pela rede. Segundo o site da BCC, o estudo teve como base entrevistas com mil garotas entre 10 e 18 anos e constatou que 30% delas já sofreram bullying por e-mail, mensagem eletrônico ou via web, normalmente infligido por outra mulher, na maioria das vezes também jovem.
Denise King, chefe executiva da Girlguiding UK em nota publicada no site InfoWorld afirma que houve um aumento substancial do bullying e dos novos métodos utilizados pelos agressores e, justamente por isso, ressalta o quão sério é o problema.
As dicas básicas incluem não informar nenhum dado pessoal como endereço e telefone na internet; não responder a emails e mensagens com teor estranho;criar senhas seguras para os cadastros e contas de email e, obviamente, denunciar sempre que possível o cyber bullying.