sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quase 10% dos alunos de escolas públicas do DF admitem que praticam Bullying




Ameaças no mundo virtual

As provocações entre alunos e a violência escolar, conhecidas como bullying, se modernizaram. A agressão psicológica, praticada não apenas por alunos entre si, mas também entre alunos e professores, ganhou o mundo da tecnologia num fenômeno chamado de cyberbullying. A novidade se espalhou pela rede pública de ensino. Entre entrevistados no diagnóstico encomendado pela Secretaria de Educação, matriculados da 5ª à 8ª série do ensino fundamental e ensino médio, 18,3% afirmaram ter sido xingados pela internet. A invasão de e-mail ocorreu com 13,6% dos alunos e 7,6% foram ameaçados por meio da rede mundial de computadores.

De acordo com a psicóloga especialista no tema Ana Maria Albuquerque, do Centro Nacional de Referência em Inclusão Digital (Cenrid) do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), o bullying virtual traz sérias conseqüências, como: dificuldades de aprendizagem, transtornos emocionais e depressão. Um dos principais locais virtuais de cyberbullying é o site de relacionamento Orkut. Nele, alunos trocam acusações, xingamentos e marcam brigas. "A escola deve reconhecer a existência do fenômeno, capacitar professores para lidar com os casos e orientar a família", explica.

Uma aluna de 16 anos do Centro de Ensino Médio 417, de Santa Maria, conta que tem muitos amigos e que as namoradas deles sentem ciúmes dela. "Como elas não têm coragem de falar na cara, usam o Orkut", acusa.Receber uma mensagem que a chama de "piranha", a menina revida e o bate-boca virtual não tem fim. "Se alguém me xingar eu vou retrucar, ora", justifica. "Umas meninas que têm inveja de mim aparecem no meu Orkut para dizer que meu namorado é corno. Não quero confusão, mas do jeito que ando estressada...", ameaça outra menina de 14 anos, que estuda em Brazlândia.
Os professores também são vítimas. De acordo com a pesquisa feita pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana, a pedido do governo, 4,7% dos docentes tiveram fotografias divulgadas sem autorização por e-mail. Além disso, 2% dizem ter sido ameaçados por alunos por meio da net e 2,3% foram vítimas de fofocas.

2 comentários:

  1. Vc's poderiiam fazer uma pesquisa na nossa escola CEM 01 ou nas escolas de Brazlandia(sem revelar a identidade dos alunos, lógicoo), tenho certeza que iamos nos supreender com os resultados!

    bjooo'

    ResponderExcluir